Como a dor neuropática é diagnosticada: Processos e exames
Postado em: 16/09/2024
Se você está sentindo uma dor que parece queimação, choques ou agulhadas em certas partes do corpo, isso pode ser um sinal de dor neuropática.
Essa dor crônica é causada por lesões nos nervos, medula espinhal ou cérebro, geralmente após acidentes, AVCs ou neuropatia diabética. Às vezes, a dor persiste mesmo depois que o estímulo inicial desaparece.
Para aliviar seu desconforto, um diagnóstico preciso é fundamental. Vou explicar como realizamos essa investigação, que inclui uma avaliação clínica detalhada e exames específicos para garantir o tratamento mais eficaz e promover sua recuperação.
Sintomas de dor neuropática
Os principais sinais de dor neuropática incluem:
- Dor em partes do corpo sem uma causa aparente;
- Aumento ou perda da sensibilidade na região afetada;
- Sensação de queimação, agulhadas, pontadas ou choques na pele;
- Formigamento ou dormência em partes do corpo;
- Dor que piora ao ficar sentado ou em pé.
É uma dor que pode estar presente 24 horas ou surgir em horários específicos, posições ou durante crises, dependendo do comprometimento dos nervos.
Quanto maior o dano, normalmente, maior e mais intolerável a dor, que pode afetar um único trajeto (mononeuropatia), sendo localizada, ou espalhada (polineuropatia).
Causas da dor neuropática
A dor neuropática pode ter diversas origens. Infecções bacterianas ou virais, como sífilis, herpes ou HIV, podem desencadear essa dor. Acidentes, traumas e cirurgias também costumam causar dores intensas que, se não tratadas, podem se tornar crônicas.
A diabetes, conhecida como neuropatia diabética, quimioterapia, alcoolismo e deficiências nutricionais são outras causas possíveis.
Além disso, condições como hérnia de disco, que causa pressão e inflamação nos nervos, e problemas como esclerose múltipla, acidente vascular cerebral, síndrome do túnel do carpo, amputações e problemas na glândula tireoide podem estar envolvidos.
Entender a origem da sua dor é o primeiro passo para encontrar o tratamento adequado. Se você está enfrentando esses sintomas, não hesite em entrar em contato comigo para que possamos diagnosticar e tratar sua dor neuropática de forma eficaz.
Nervos e sua vulnerabilidade: o que você precisa saber
Todos os nervos do nosso corpo podem ser afetados por condições dolorosas, e entender quais são os mais suscetíveis pode ajudar a reconhecer os sintomas mais rapidamente.
- O nervo ciático, que se estende desde a parte inferior da lombar, passando pelos glúteos, a parte posterior da coxa, o joelho e até os pés, pode causar dor, formigamento e até choques elétricos ao longo desse percurso.
- O nervo trigêmeo, responsável pela sensibilidade facial e mastigação, pode gerar uma dor intensa e rápida, considerada uma das mais dolorosas, quando comprimido por uma artéria.
- O nervo oftálmico, um dos ramos do trigêmeo, pode ser afetado por infecções como o herpes-zóster, resultando em dor ocular, inchaço das pálpebras e sensibilidade à luz.
- O nervo olfatório, que controla o olfato, pode levar à perda do sentido de cheiros e gostos, especialmente notado em casos de pacientes com Covid-19 que impactam os neurônios dessa região.
Neuralgias podem levar ao medo de se movimentar, resultando em sedentarismo e, em casos avançados, em atrofias musculares, rigidez articular e limitação dos movimentos.
Como confirmar o diagnóstico
O diagnóstico da dor neuropática é realizado por um neurologista que avalia seus sintomas, histórico de saúde, duração e intensidade da dor, fatores desencadeantes e condições médicas subjacentes, além de realizar um exame físico.
Exames adicionais, como eletroneuromiografia, estudos de condução nervosa, ressonância magnética ou biópsia da pele, podem ser solicitados para confirmar a investigação e identificar a causa.
Ao identificar a causa raiz da dor, podemos aplicar as terapias mais adequadas para aliviar o desconforto e melhorar o bem-estar do paciente.
Tratamentos disponíveis
Para tratar a dor neuropática, consideramos:
- Medicamentos prescritos: analgésicos, anticonvulsivos, antidepressivos tricíclicos e inibidores seletivos da recaptação de serotonina e noradrenalina (ISRSNs) podem ser utilizados para modificar como o cérebro processa os sinais de dor. Exercícios de alongamento, fisioterapia e, em casos mais graves, cirurgias podem ser recomendados.
- Terapias alternativas: acupuntura, estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) e técnicas de relaxamento podem oferecer alívio adicional, complementando os tratamentos tradicionais.
Posso prevenir a dor neuropática?
Embora nem sempre seja possível evitar a dor neuropática, algumas medidas podem reduzir o risco geral:
- Pare de fumar;
- Encontre uma rotina regular de exercícios que funcione para você;
- Coma muitas frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras;
- Limite o consumo de álcool;
- Se você tem diabetes, monitore de perto seu nível de açúcar no sangue e cuide bem dos seus pés.
Se você está enfrentando sintomas de dor neuropática e precisa de uma avaliação especializada, estou à disposição para ajudar. Marque uma consulta comigo, Dra. Tamara Pereira, e vamos trabalhar juntos para encontrar o tratamento mais eficaz para o seu caso.
Meu objetivo é ajudar você a superar esse desconforto e melhorar sua qualidade de vida. Entre em contato hoje mesmo e comece sua jornada rumo a uma vida mais confortável e livre de dor.
Dra. Tamara Pereira
Neurologista
CRM-SP: 183.780 | RQE: 91.010 / área de atuação 910101 – Dor
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