No campo da neurologia, a busca por tratamentos eficazes que ofereçam alívio sustentável para condições neurológicas e transtornos tem sido constante e incansável. Entre as técnicas mais promissoras que emergiram nas últimas décadas estão a Estimulação Magnética Transcraniana (TMS) e a Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (tDCS). A TMS e TDCS são não invasivas e têm mostrado eficácia no tratamento de uma variedade de condições, beneficiando a maneira como médicos e pacientes abordam a reabilitação neurológica e o manejo da dor. Saiba mais no artigo!

Estimulação Magnética Transcraniana (TMS)

A TMS é uma técnica que utiliza campos magnéticos para estimular ou inibir áreas específicas do cérebro, influenciando a atividade neural. Esse procedimento é realizado com um dispositivo que gera um campo magnético pulsante, direcionado a áreas específicas do cérebro através de uma bobina colocada sobre o couro cabeludo do paciente.

Indicações da TMS

Entenda as indicações da TMS:

  • Fibromialgia: A TMS pode beneficiar pacientes com fibromialgia, auxiliando no controle da dor generalizada.
  • Ataxia: a TMS pode auxiliar na melhora da coordenação motora e equilíbrio em quem tem ataxia.
  • Dor Neuropática: A TMS tem sido explorada como uma opção de tratamento para a dor neuropática, especialmente em casos onde a dor é difícil de gerenciar com medicamentos.

Benefícios da TMS

Veja os benefícios da TMS:

  • Não Invasiva: A TMS não requer cirurgia ou anestesia, tornando-a uma opção atraente para pacientes que buscam tratamentos menos invasivos.
  • Efeitos Colaterais Limitados: A maioria dos pacientes tolera bem a TMS, com efeitos colaterais geralmente limitados a desconforto leve ou dor de cabeça no local da aplicação.

Como é feita a TMS?

O procedimento é realizado da seguinte maneira:

  • Preparação: Antes do início da sessão, o paciente é avaliado para determinar os parâmetros específicos de tratamento, como a intensidade do campo magnético e a localização exata da estimulação no couro cabeludo. Não é necessário nenhum preparo especial, como jejum ou sedação, e o paciente permanece acordado e alerta durante o procedimento.
  • Posicionamento: O paciente é acomodado em uma cadeira confortável, e uma bobina eletromagnética é posicionada sobre a área do couro cabeludo correspondente à região cerebral alvo. Esta bobina é responsável por gerar pulsos magnéticos focados.
  • Sessão de TMS: Uma vez posicionada a bobina, o dispositivo é ativado para emitir pulsos magnéticos de curta duração. Esses pulsos atravessam o couro cabeludo e o crânio indolormente, induzindo correntes elétricas focais no cérebro. A sessão de TMS pode durar de alguns minutos a meia hora, dependendo do protocolo de tratamento. Durante o procedimento, o paciente pode ouvir um clique e sentir um leve toque na cabeça a cada pulso magnético.
  • Monitoramento: Ao longo do procedimento, o paciente é monitorado por um profissional de saúde. A resposta do paciente aos estímulos e o conforto são continuamente avaliados para ajustar os parâmetros de tratamento, se necessário.

Há efeitos colaterais na TMS?

A TMS é considerada um procedimento seguro, com um perfil de efeitos colaterais geralmente leve. No entanto, alguns pacientes podem experimentar efeitos colaterais temporários, incluindo:

  • Dor de cabeça ou desconforto no local da estimulação: Alguns pacientes relatam dor de cabeça leve ou desconforto no local onde a bobina foi posicionada. Esses sintomas geralmente são temporários e podem ser aliviados com medicamentos de venda livre para dor.
  • Sensação de contração muscular no couro cabeludo: Durante a sessão de TMS, os pacientes podem sentir contrações musculares leves ou sensações de toque no couro cabeludo devido à estimulação.
  • Zumbido nos ouvidos: Embora raro, alguns pacientes podem experimentar zumbido temporário nos ouvidos imediatamente após a sessão de TMS.

Um efeito colateral raro, mas sério, da TMS é o risco de convulsões. No entanto, esse risco é extremamente baixo quando o procedimento é realizado seguindo as diretrizes de segurança estabelecidas e sob a supervisão de um profissional qualificado.

Em geral, os efeitos colaterais da TMS são temporários e diminuem por conta própria. Pacientes que experimentam efeitos colaterais persistentes ou preocupantes são encorajados a comunicar-se com o médico responsável pelo tratamento para avaliação e ajuste dos parâmetros de tratamento, se necessário. A comunicação aberta com o profissional de saúde é essencial para garantir o máximo conforto e eficácia do tratamento com TMS.

Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (tDCS)

A tDCS é outra técnica de estimulação cerebral que utiliza correntes elétricas de baixa intensidade para modular a atividade neural. Através de eletrodos colocados no couro cabeludo, a tDCS visa alterar o limiar de excitabilidade dos neurônios, potencialmente melhorando ou inibindo sua função.

Indicações da tDCS

Veja as indicações da tDCS:

  • Reabilitação Pós-AVC: A tDCS tem sido usada para melhorar a recuperação de funções motoras e cognitivas em pacientes que sofreram um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
  • Dor Crônica: Estudos indicam que a tDCS pode oferecer alívio para pacientes que sofrem de dor crônica, incluindo condições como fibromialgia e dor lombar crônica.
  • Aprimoramento Cognitivo: A tDCS também está sendo investigada como uma ferramenta para melhorar a cognição e a memória em indivíduos saudáveis e em pacientes com comprometimento cognitivo leve.

Benefícios da tDCS

Veja os benefícios da tDCS:

  • Flexibilidade de Tratamento: A tDCS permite ajustes na intensidade e localização da estimulação, oferecendo personalização do tratamento para as necessidades individuais dos pacientes.
  • Baixo Risco de Efeitos Colaterais: A tDCS é geralmente bem tolerada, com efeitos colaterais limitados a irritação da pele sob os eletrodos.

Como é feita a tDCS?

O procedimento é realizado da seguinte maneira:

  • Preparação: O paciente não precisa de preparação específica antes do procedimento. A tDCS pode ser realizada em um ambiente clínico ou de pesquisa, com o paciente sentado confortavelmente.
  • Posicionamento dos Eletrodos: Eletrodos envoltos em esponjas saturadas com solução salina são colocados na cabeça do paciente. A localização específica dos eletrodos é determinada com base nos objetivos do tratamento, visando áreas cerebrais específicas associadas à condição sendo tratada.
  • Aplicação da Corrente: Um dispositivo de tDCS é usado para gerar uma corrente elétrica de baixa intensidade (geralmente entre 1 a 2 mA) que é transmitida de um eletrodo (anodo) para outro (catodo) através do cérebro. A sessão típica de tDCS dura de 20 a 30 minutos, durante os quais o paciente pode sentir uma leve sensação de formigamento ou coceira sob os eletrodos.
  • Monitoramento: Durante a sessão, o conforto do paciente é monitorado. A intensidade da corrente pode ser ajustada para garantir que o procedimento seja tolerável.

Efeitos Colaterais da tDCS

A tDCS é considerada segura e os efeitos colaterais são geralmente leves e transitórios. Os efeitos colaterais mais comumente relatados incluem:

  • Sensação de Formigamento ou Coceira: Durante a aplicação da corrente, os pacientes podem experimentar uma sensação de formigamento ou coceira sob os eletrodos, que geralmente desaparece logo após o término da sessão.
  • Vermelhidão da Pele: A área da pele sob os eletrodos pode apresentar vermelhidão temporária, resultado da estimulação e da pressão dos eletrodos.
  • Fadiga: Alguns pacientes relatam sentir-se levemente fatigados após uma sessão de tDCS, embora esse efeito seja geralmente de curta duração.
  • Dor de Cabeça Leve: Embora menos comum, alguns pacientes podem experimentar uma dor de cabeça leve após o procedimento.

Efeitos colaterais mais sérios são raros na tDCS. Estudos indicam que a técnica não induz a convulsões, tornando-a uma opção segura para a maioria dos pacientes. Contudo, é crucial que a tDCS seja realizada sob a supervisão de um profissional qualificado, que possa determinar a adequação do tratamento para cada paciente individualmente, garantindo a aplicação correta e minimizando o risco de efeitos adversos. Como com qualquer intervenção médica, pacientes com condições específicas ou que utilizam dispositivos eletrônicos implantados, como marcapassos, devem discutir a viabilidade da tDCS com seu médico.

Ambas as técnicas, TMS e tDCS, representam avanços significativos no tratamento de condições neurológicas e no manejo da dor. Com sua capacidade de modular a atividade cerebral de maneira não invasiva, essas abordagens oferecem novas esperanças para pacientes que não encontraram alívio em terapias convencionais. À medida que a pesquisa continua, é provável que o escopo de aplicações para “TMS e tDCS” se expanda, abrindo caminho para tratamentos ainda mais eficazes e personalizados no futuro.

A adoção dessas técnicas inovadoras destaca a importância de abordagens baseadas em evidências na medicina neurológica e reafirma o compromisso contínuo da comunidade médica em buscar soluções eficazes para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Com profissionais qualificados como a Dra. Tamara Pereira liderando o caminho, pacientes com uma variedade de condições neurológicas podem ter acesso a tratamentos de ponta que prometem não apenas aliviar seus sintomas, mas também oferecer um caminho para uma recuperação mais completa e satisfatória.

A TMS e TDCS são tratamentos inovadores que podem beneficiar bastante o paciente. É importante passar pela avaliação de um especialista qualificado, como a neurologista clínica Tamara Pereira. Entre em contato e agende sua consulta!